Logo depois de nascer, o bebê ainda se sente parte de nós, uma extensão nossa que nos foi dada ao colo. Ficamos diante de uma pessoinha totalmente dependente de nós, pois não enxerga, não fala, não escuta, não senta, não sustenta a cabeça, não se relaciona, etc... Por isso é preciso dar total apoio para que essa transição “útero-mundo aqui fora” seja menos traumática possível.
É o que chamamos de Exterogestação. Formulada pelo antropólogo Ashley Montagu, mas viralizada pelo pediatra Harvey Karp, a teoria da exterogestação diz, basicamente, que a gravidez não dura apenas 9 meses e sim 12 – ainda que último trimestre aconteça fora da barriga da mãe. Nesse período de transição, os pais devem recriar ao máximo as sensações que a criança tinha quando ainda estava na barriga.
Há formas seguras e bem eficazes de ajudar o bebê nessa fase de transição:
🤱🏻Uso de sling – faz o recém-nascido se sentir bem próximo da mãe, a reprodução de sons que lembrem os ruídos do organismo materno fazem o bebê se sentir mais seguro.
🤱🏻Banho de ofurô, a banheira que lembra um balde, o ambiente mais compacto e com água faz com que o bebê lembre daqueles nove meses que passou no líquido amniótico e o faz relaxar.
🤱🏻Shantala - também ajuda no processo de adaptação e relaxamento do bebê. É recomendada após o primeiro mês.
🤱🏻Cama compartilhada – Quanto mais tempo o bebê ficar próximo dos pais, mais seguro ele se sente.
🤱🏻Aleitamento materno exclusivo até o sexto mês e em livre demanda - faz bem tanto pelos nutrientes essenciais que a mãe fornece para o bebê quanto pela proximidade entre os dois.
🤱🏻Luz baixa e pouco barulho são importantes para não agredir os olhos e ouvidos do recém-nascido, que ainda são muito sensíveis.
A exterogestação ajuda o bebê a passar por essa transição com mais segurança e confiança, mantendo alguns cuidados que ele tinha durante a gestação sem corte abrupto para a vida aqui fora.
Dra. Carolina Rossoni
Ginecologista e Obstetra
@dra.carolinarossoni
Avatié
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Consultas: (11) 4106-642 ...